Com a chegada do calor, os mosquitos tornam-se uma presença indesejada, incomodando noites de descanso, jantares ao ar livre e até viagens de campismo. Para combatê-los, muitas pessoas recorrem a repelentes comerciais, mas sabia que os repelentes naturais podem ser igualmente eficazes e muito mais seguros para a saúde e o meio ambiente?
Por que escolher repelentes naturais?
Os repelentes convencionais contêm ingredientes sintéticos como o DEET (N,N-Dietil-meta-toluamida) e a icaridina, substâncias eficazes contra insetos, mas que podem apresentar riscos:
-
Possíveis efeitos adversos – O DEET pode causar irritações na pele e olhos, além de potenciais reações alérgicas. Em concentrações elevadas, pode ser neurotóxico.
-
Impacto ambiental – Alguns componentes dos repelentes químicos são poluentes e podem afetar a fauna e flora local.
-
Toxicidade para crianças e animais – O uso frequente pode ser prejudicial para bebés, crianças pequenas e animais de estimação.
Os repelentes naturais feitos com óleos essenciais de erva-príncipe e eucalipto-limão são uma alternativa segura e eficaz, proporcionando proteção contra insetos sem riscos para a saúde.
Benefícios:
-
Eficazes contra diferentes espécies de mosquitos.
-
Seguros para crianças, adultos e animais.
-
Menos agressivos para o ambiente.
-
Aromáticos e agradáveis para a pele.
A ciência dos óleos essenciais repelentes
Os óleos essenciais contêm compostos bioativos que atuam como barreiras naturais contra insetos, interferindo nos seus mecanismos de deteção de odores e impedindo que encontrem um alvo para picar.
1️⃣ Óleo Essencial de Erva-Príncipe (Cymbopogon citratus)
🔬 Estudo de Oyedele et al. (2002): Este estudo demonstrou que o óleo de erva-príncipe tem um forte efeito repelente, afastando insetos por 2 a 3 horas – uma eficácia comparável a alguns repelentes comerciais. O efeito deve-se à presença de citral, um composto que interfere na perceção olfativa dos mosquitos.
Principais características:
✔️ Rico em citral, um composto repelente natural.
✔️ Bloqueia os recetores olfativos dos insetos, dificultando que estes detetem o cheiro da pele humana.
✔️ Ação eficaz contra mosquitos, melgas e traças da roupa.
2️⃣ Óleo Essencial de Eucalipto-Limão (Corymbia citriodora)
🔬 Estudo de Maia & Moore (2011): O óleo de eucalipto-limão contém PMD (p-metano-3,8-diol), um composto altamente eficaz na prevenção de picadas de mosquitos transmissores de doenças como a malária e o dengue. Este componente oferece uma proteção duradoura e é considerado uma alternativa segura aos repelentes químicos.
Principais características:
✔️ Contém PMD, um dos compostos naturais mais eficazes contra insetos.
✔️ Protege contra mosquitos transmissores de doenças (Aedes aegypti, Anopheles gambiae).
✔️ Eficaz contra melgas e outros insetos voadores.
Os diferentes tipos de mosquitos e como se proteger
Espécie |
Transmite |
Horário de atividade |
Como se proteger? |
Aedes aegypti |
Dengue, Zika |
Ativo durante o dia |
Uso de repelente na pele e roupas |
Anopheles gambiae |
Malária |
Ativo ao amanhecer e à noite |
Dormir com redes mosquiteiras e usar repelente |
Culex quinquefasciatus |
Filariose, vírus do Nilo Ocidental |
Principalmente à noite |
Uso de difusores de óleos essenciais |
Dica extra: Para proteção máxima, combine sprays repelentes para a pele com velas repelentes e difusores de aroma de óleos essenciais para afastar mosquitos no ambiente.
Experimente substituir os repelentes convencionais por opções naturais e sustentáveis – o planeta e a sua saúde agradecem! 🌍
Loja online EU: www.nutriboty.eu
Site institucional: www.nutriboty.com
IG: @nutriboty.eu
FB: @NutribotyEurope
Referências bibliográficas
Maia, M. F., & Moore, S. J. (2011b). Plant-based insect repellents: a review of their efficacy, development and testing. Malaria Journal, 10(S1). https://doi.org/10.1186/1475-2875-10-s1-s11
Oyedele, A. O., Gbolade, A. A., Sosan, M. B., Adewoyin, F. B., Soyelu, O. J., & Orafidiya, O. A. (2002). Formulation of an effective mosquito-repellent topical product from Lemongrass oil. Phytomedicine, 9(3), 259–262. https://doi.org/10.1078/0944-7113-00120